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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Dia de São Valentim



Como um navio naufragado
procuro-te no oceano deste tempo incerto
e regresso às raízes do espaço sonhado.
Também tu aportas jubiloso
ao cais da minha alegria.
Morro por vezes sabendo que depois
renasço no calor dos teus beijos.
Moras na casa do meu ser
desde tempos imemoriais,
quando comecei a tentar perceber
o mistério insondável da vida
e os seus intangíveis labirintos.
Por isso é difícil partires.
Eu reconstruo a filigrana do sonho
quando o nevoeiro se adensa à minha volta
ou a saudade do que não vivi
vem dilacerar o coração da alvorada.
...
Maria Teresa Sampaio

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